História do Município

  • Publicado em: 04/10/2017 às 00:00   |   Imprimir

A colonização de Braga teve início no Século XX, mais precisamente entre os anos de 1904 e 1905, com a chegada das primeiras famílias de colonizadores de origem luso-brasileira. Os desbravadores não eram proprietários das terras e sim posseiros, pois a maioria das terras da região, pertenciam ao Governo ou eram consideradas terras devolutas.

 

Pelo ano de 1916, residiu numa estalagem a margem direita do Lajeado da Cachoeira, o comerciante de origem portuguesa chamado Manoel Braga. Desta época em diante o Lajeado passou a chamar-se Lajeado Braga e daí surgiu o nome da Vila que formou-se ao seu redor.

 

Os primeiros colonizadores imigrantes chegaram em Braga por volta do ano de 1904 onde encontraram na região muitas matas ricas em alimentos naturais e uma terra fértil que atraia a adquiri-las. Estes viviam da exploração da erva-mate que era muito abundante na zona da mata e também cultivavam pequenas lavouras de milho, feijão e mandioca. Com a produção da lavoura era garantida a alimentação e com a venda da erva-mate eram adquiridos produtos como sal, querosene, tecidos, objetos de ferro, etc.

 

A partir do momento que a terra passou a ser uma mercadoria, tornou-se necessário mudar o modo de agir e pensar dos colonos. Era necessário passar de uma agricultura de subsistência para uma agricultura comercial, possibilitando dessa forma o crescimento dos agricultores. O sucesso da colonização dependia da capacidade da produção, não somente para a subsistência, mas para pagar a terra e adquirir novas áreas, expandindo a propriedade.

 

Nesse período (1920), a exploração da erva-mate se intensifica e vários soques de erva são instalados na região. A madeira passa a ter um grande valor comercial intensificando o seu comércio que até então era pouco explorado comercialmente. Devido a construções de novas casas são instaladas várias serrarias em Braga, próximo a cachoeira existente no Lajeado Braga e as forças das águas eram utilizadas para tocar os motores das mesmas, dando origem a Vila Braga.

 

Em meados de 1934 existiam em nosso município várias pequenas indústrias das quais podemos destacar: moinhos coloniais, serrarias, tafonas, ferrarias, olarias, carpintaria e engenho de erva-mate. Estas industrializavam a matéria-prima que era produzida aqui, destacando-se como principais as serrarias e os engenhos de erva-mate. Muitas madeiras eram retiradas das matas o que era abundante na época e transportadas para outras regiões através de balsas pelo Rio Turvo. A exploração e o comércio da erva-mate que até então era predominante, passa a ser um segundo plano. A exploração da madeira foi decisiva para o desenvolvimento local, o que por outro lado contribui para o desaparecimento das florestas. Com o passar dos anos, restaram poucas áreas e quase não havia mais madeira para ser retirada e isto fez com que se buscasse uma nova forma de produção e o município se transforma em uma área essencialmente agrícola.

 

O transporte da produção e as comunicações eram realizados com muitas dificuldades. As pessoas de deslocavam a pé, a cavalo ou a carroça por uma trajeto de aproximadamente 100km ou mais, até as cidades de Ijuí ou Palmeira das Missões, para comercializar ou adquirir seus produtos. A maioria das compras eram pagas com produtos. O comerciante anotava em uma caderneta as compras feitas pelos colonos e na safra recebia o pagamento da dívida em produtos agrícolas.

 

Entre 1932 e 1945 houve um grande fluxo  de colonos para a região. As famílias de imigrantes chegavam em vários grupos provenientes de diferentes lugares, principalmente de Santa Rosa, Três de Maio e Ibirubá. Os novos moradores contribuíram muito para o desenvolvimento da região, introduzindo novos costumes de vida e novos métodos de trabalho, novas indústrias se instalaram e a modernização do comércio com o oferecimento de mais produtos vindos de fora, de outros municípios, pois o que era produzido e industrializado aqui eram para o consumo próprio dos moradores, sendo que apenas o excedente era comercializado.

 

Em 02 de agosto de 1964, Braga valendo-se do elevado espírito progressista de seus filhos e amparados na Lei Estadual n°. 4.054 de 29 de dezembro de 1960 constitui sua Comissão Emancipacionista, sendo Presidente Floriano Nunes; 1º- vice: Padre Henrique Hempel; 2º - Vice Gustavo Adolfo Penho, 1º - secretário José Noli Nunes; 2º- secretário Bento Ramiro Simon; 1º tesoureiro Ervino Herman; 2º tesoureiro Plácido Raul Crescente.

 

A comissão credenciada pela Assembleia Legislativa do Estado em 26 de agosto de 1964, preenchendo as formalidades da lei e juntando ao seu processo administrativo, todos os dados e documentos necessários se submeteu a apreciação dos senhores deputados. Em 25 de agosto de 1965, foi decretada a consulta plebiscitária na área emancipada e na data de 24 de outubro de 1965 foi concedida sua autonomia administrativa pela Lei n° 332/65 de 10 de novembro de 1965. A Lei de Criação do município de Braga é a Lei nº 5.154 de 15 de dezembro de 1965.

 

Em 08 de Maio de 1966, deu-se a instalação oficial do Município.